sábado, 25 de fevereiro de 2012

Escadaria Nobre



A Escadaria Nobre foi inicialmente projectada pelo arquitecto Ventura Terra e reformulada no seu traçado pelo arquitecto António Lino, nos anos de 1936-1937. Veio substituir a antiga escadaria do Convento, originalmente revestida por painéis de azulejos datados de 1630, decorados com ornamentos vegetais, zoomórficos e antropomórficos, e o brasão da Ordem de São Bento (hoje no Museu Nacional do Azulejo).


Os topos das 8 portas a que a escadaria dá acesso, são coroados por frontões triangulares com grupos escultóricos , e presentando as 8 províncias de Portugal à época (Trás-os-Montes, Minho, Beira Litoral, Estremadura, Beira Alta, Beira Baixa, Alentejo e Algarve) identificadas pelos brasões de 8 das principais cidades onde se reuniram as Cortes no País (Guimarães, Braga, Porto, Lisboa, Leiria, Santarém, Évora e Almeirim) e pelas actividades económicas que melhor as caracterizavam então (a agricultura e a pesca).

As paredes do andar superior da escadaria estão decoradas com seis pinturas murais de género histórico agrupadas em dois trípticos, integrados em arcos de volta perfeita,  realizadas entre 1940 e 1943 e intituladas "A Defesa da Pátria" e "A Prosperidade da Nação", , no entanto, são vulgarmente conhecidas como: “As Cortes de Leiria” e “Alegoria às Forças Produtivas da Nação”.

Pintado no painel da direita, do lado da Assembleia, o primeiro tríptico recria o episódio histórico das Cortes de Leiria (1254) – as primeiras em que, ao lado do clero e da nobreza, tomaram assento representantes do povo e procuradores dos concelhos, reunidos, todos, em prol da defesa nacional.

No painel central, foi representada a Indústria (pesca, fiação, ourivesaria, imaginária, alvenaria, Artes, Ciências e Humanidades). 

No painel da esquerda, está a Agricultura (lavra, sementeira, pecuária e plantação de árvores de fruto) e no painel da direita o Comércio (urcas e naus, mareantes e mercadores).







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